Mostrando postagens com marcador conforto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador conforto. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eles vieram de famílias de classe média baixa e hoje têm R$ 1 milhão no banco


Foto: DivulgaçãoAmpliar
Falcone ao lado da esposa Regina: sem herança e assalariado, mas com planos claros e disciplina financeira ao longo de 20 anos
O engenheiro Marco Falcone, de 42 anos, virou o ano desempregado. Mas estava absolutamente tranquilo com relação a isso. É que ele juntou um patrimônio milionário em pouco mais de duas décadas de trabalho e de vida em comum. “Nosso objetivo sempre foi ter uma reserva financeira que nos desse segurança em momentos como esse”, diz Falcone, que nunca recebeu herança e sempre trabalhou como assalariado, assim como Regina.
“Ambos viemos de famílias de classe média baixa e, desde o começo, pensamos em guardar dinheiro para dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos na infância. Eu sempre estudei em colégio estadual e o melhor tênis que tive foi um Kichute”, afirma o pai de dois filhos pequenos.
Leia também:
A fórmula do casal para ficar milionário envolveu uma disciplina rígida desde quando ambos passaram a trabalhar, no início dos anos 1990. Eles chegavam a guardar 50% do que recebiam, mesmo quando o orçamento era apertado. “A gente se adaptou a um padrão de vida e, quando passamos a ganhar mais, mantivemos esse padrão”, diz Falcone.
Cada bem ou serviço adquirido pela família de lá para cá – o que inclui a casa em que moram atualmente, em Curitiba – foi fruto de muito planejamento e estudo. “Temos uma vida normal. Não deixamos de fazer nada. Nossa lua-de-mel foi em Buenos Aires e eu estudei inglês nos Estados Unidos”, afirma Falcone. “A diferença é que a gente se programa para fazer as coisa.”
Com o tempo, a dupla de poupadores contumazes foi aprendendo a fazer investimentos mais sofisticados, como a bolsa de valores e os fundos imobiliários. “A gente começou com o basicão, que são os fundos de investimentos”, diz Falcone. “É bom salientar que a gente não ganhou rapidamente na bolsa. Foi a aplicação das sobras do nosso orçamento que nos fez chegar lá.” O patrimônio do casal atingiu a casa do milhão de reais em 2007 – mesma época em que Falcone e Regina resolveram contar a experiência em livro (veja biblioteca básica sobre como juntar R$ 1 milhão).
Mesmo tendo condições de ficar sem trabalhar por um longo período, graças aos rendimentos de seus investimentos, Falcone está pronto para voltar ao mercado de trabalho, enquanto sua mulher, também engenheira, permanece empregada na iniciativa privada.
Foto: Greg Salibian/iG
Calil e as regras de ouro de quem chegou lá: poupar pelo menos 30% da renda todos os meses e obter pelo menos 1% de rendimento real por mês
Já o administrador de empresas Mauro Calil, de 42 anos, aposentou-se da carreira de executivo há oito anos, após perceber que seus investimentos garantiriam a manutenção do padrão de vida. “Eu trabalhava em multinacional. Minha jornada era de, no mínimo, 11 horas por dia”, diz Calil. “Fui mandado embora e resolvi levar uma vida mais sossegada.”
Calil nasceu numa família paulistana de classe média alta, mas garante que sua fortuna é fruto do próprio trabalho e das decisões que tomou na gestão de seus investimentos. “Eu já ganhava bem, mas resolvi permanecer morando na casa dos meus pais até os 30 anos”, afirma. “Só saí de lá quando consegui comprar meu próprio lugar.”
Ele também se aproveitou dos benefícios oferecidos pelas empresas nas quais trabalhou para poupar. “Eu usava um carro da empresa, que também pagava os almoços que eu fazia com clientes.” Em alguns momentos, Calil chegou a conseguir poupar 90% do que ganhava. O primeiro milhão e a independência financeira vieram pouco antes dos 30 anos.
Para se manter em atividade, Calil resolveu passar a dar aulas, palestras e consultoria sobre finanças pessoais, tema que também o inspirou a escrever um livro (veja aqui). As regras de ouro, segundo ele, são poupar pelo menos 30% da renda todos os meses conseguir obter pelo menos 1% de rendimento real por mês sobre o dinheiro investido (isso quer dizer que é preciso descontar a inflação e as taxas cobradas pelos bancos e corretoras para se chegar ao valor líquido conseguido). Também é preciso, claro, ter paciência para ver o bolo crescer e chegar à casa do milhão.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Transforme a crise numa oportunidade para a sua vida


As crises por vezes entram nas nossas vidas, seja por más decisões nossas ou por situações alheias a nós, não importa o como, o que é certo é que todos nós inevitavelmente já passámos, estamos a passar ou passaremos por isso. As crises podem revestir-se de várias formas e graus de impacto. Revelam-se preocupantes, experiências não desejadas ou eventos que nos levam a sair da nossa zona de conforto. Normalmente, as crises resultam em algum tipo de perda. A própria natureza da crise é a antítese dos nossos principais valores de certeza e previsibilidade acerca da vida, fazendo com que eles desaparecem num instante. Gerando-nos indignação, mágoa, confusão, podendo empurrar-nos para a desesperança,ansiedadedepressão e tantos outros problemas psicológicos que possam emergir do abalo sentimental provocado pela crise.
crise mundial
Precisamos desesperadamente tentar restaurar a ordem nas nossas vidas, e reverter o caos que parece prevalecer. No entanto, se aprendermos a reformular a forma como vemos a crise, podemos realmente tirar proveito dela. Não quero transmitir a ideia de que as crises são bem vindas, ou que não deixam marcas e feridas abertas, levando a momentos de sofrimento extremo. Quero passar a mensagem de que depois do abalo, da derrocada e do impacto negativo que sentimos, que existe o potencial para podermos olhar a crise por outra perspetiva. Em psicologia, a quem consegue superar de forma positiva as crises de elevado impacto, aplica-se o termo: Crescimento Pós Traumático. Este crescimento pós traumático advém de uma mudança sísmica que nos impele à reestruturação do significado dos acontecimentos gerados pela própria crise. Este processo é tanto mais facilitado quanto mais noção ganharmos que deveremos aprender a parar de resistir à alteração indesejada. Quais são as formas que o crescimento pós-traumático toma?
O crescimento pós traumático tende a ocorrer em cinco áreas gerais:
  • Às vezes, as pessoas que enfrentam crises importantes na sua vida desenvolvem um sentimento de que novas oportunidades surgiram a partir da luta, abrindo possibilidades que não estavam presentes anteriormente.
  • A segunda área é uma mudança nas relações com os outros. Algumas pessoas experimentam relações mais estreitas com algumas pessoas específicas, podendo experimentar um aumento da sensação de conexão com outros que também sofrem ou sofreram.
  • Uma terceira área de possível mudança é um aumento da sensação das próprias forças: “se eu vivi isto, eu posso enfrentar qualquer coisa“.
  • Um quarto aspeto do crescimento pós-traumático vivido por algumas pessoas é um maior apreço pela vida em geral.
  • A quinta área envolve o domínio espiritual ou religioso. Alguns indivíduos experimentam um aprofundamento da sua vida espiritual, no entanto, este aprofundamento pode também envolver uma mudança significativa no nosso sistema de crenças.
A crise pode ser de natureza financeira, no relacionamento, saúde ou espiritual. Aquelas crises que emergem internamente tendem a ser de ordem relacional, psicológica ou emocional. Normalmente, tentamos evitar esses transtornos da melhor maneira possível. No entanto, as perturbações são, por vezes impostas em cima de nós pela natureza ou força das circunstâncias e não originadas por nós. Podemos sentir-nos como vítimas das circunstâncias, à medida que lutamos para agarrar a vida como a conhecemos.
Normalmente, a mudança e desenvolvimento pessoal requer a nossa motivação e intenção que nos serve como catalisador para a transição desejada. A crise, por outro lado, elimina a exigência de auto motivação, uma vez que nos coloca claramente fora da nossa zona familiar (fora da nossa zona de conforto). A crise, literalmente remove as fronteiras que nos têm circunscrito. É como que um tornado que  varreu tudo ao seu redor, e quando abrimos os nossos olhos, tudo mudou. O turbilhão coloca-nos bem além dos limites do conhecido. Perante este tipo de acontecimento,  nós normalmente queremos desesperadamente voltar para dentro da nossa zona de conforto. Mas, a crise impede essa opção. Não há como voltar atrás. Mas, é aí que reside a oportunidade.
Noutros artigos já publicados aqui na Escola Psicologia, tenho vindo a esclarecer e reforçar a ideia da resignificação de crenças acerca da vida e relativamente a um conjunto de atitudes, pensamentos e conceitos que refletem o lado trabalhoso, mas possível do desenvolvimento e crescimento pessoal, assim como da felicidade e bem-estar. Pode aprofundar esta temática na lista de artigos que se segue:

LIBERTE-SE

O crescimento e consequentes níveis de mudança só tendem a ocorrer quando estamos fora da nossa zona de conforto. Podemos referir-nos a isso como um abalo no equilíbrio equilíbrio emocional, onde a segurança e a previsibilidade já não reinam de forma suprema. Então podemos olhar a crise como uma bênção disfarçada, embora não seja desejada.
Steve Jobs podia ter-se sentido derrotado e auto vitimado, depois de ter sido demitido da Apple há muitos anos. Ele escolheu o contrário. Após a sua demissão, ele agarrou a crise pelos chifres, vendo oportunidade onde outros não conseguiram enxergar. Ele passou a liderar uma pequena empresa  de animação e transformou-a numa bem sucedida e conhecida marca:  a Pixar. Quando a Walt Disney comprou a Pixar em 2006, Jobs tornou-se imediatamente o maior accionista da Disney.
Moral da história: As mudança indesejadas acontecem. Olhe para além disso e abrace o desconforto.
A crise pode despoletar-se num momento instantâneo, e é algo que preferimos evitar. Mas, para alcançar uma auto capacitação requer a capacidade de conseguirmos olhar para lá desse instante perturbador e tentar visionar que porta é que se pode ter aberto para nós, ou que atitude positivaqueremos tomar face ao sucedido. No entanto, em algumas alturas da nossa vida se essa porta não se abrir, temos de ser nós a abri-la, temos de ser nós a criar a oportunidade, temos de ser nós a preparar o caminho que queremos percorrer.
A pessoa cujo cônjuge a deixou por outra pessoa, pode sentir-se traída e talvez de coração despedaçado. Depois passado algum tempo, porém, a pessoa pode de fato sentir-se liberta desse relacionamento desajustado e indigno. Isto é particularmente verdadeiro, se a pessoa evoluir através da perda para um novo relacionamento mais saudável e proveitoso.
Eu, acredito determinantemente que toda a crise apresenta uma nova oportunidade. Crise e oportunidade são apenas diferentes aspectos do processo de crescimento e desenvolvimento. Vamos focar-nos na crise e paralisar de medo, ou tentar perceber que oportunidades podem surgir ou emergir?
Vamos esclarecer-nos  de forma mais profunda sobre o fenómeno da crise:

CLARIFICANDO A CRISE

As crises tendem a apresentar-se como circunstâncias agudas ou crónicas. Por exemplo, estamos a atravessar uma revolução económica que está levando os Estados Unidos e a economia mundial a perturbações altamente voláteis, com a riqueza e empregos, literalmente, a desaparecer. Na vida da maioria das pessoas, esta é uma crise externa que está caindo sobre elas, normalmente, não tendo qualquer influência na sua própria criação. No entanto, através destas perdas, muitas pessoas têm vindo a refletir sobre os seus valores e escolhas e estão fazendo ajustes, devido à crise, tentado sair beneficiados desse fato.
Muitas são as pessoas que perdem tudo, e ficam temporariamente num estado de pânico. No entanto, muitos são também os que reagem, e agem fazendo coisas no sentido de restabeleceram a sua situação, criando trabalhos alternativos e saindo-se muito bem, depois de terem sido afetados por um terrível abalo na forma de olhar a vida.
Um problema de saúde inesperado ou a morte de um ente querido pode trazer ansiedade e/ou sentimento de perda. Por mais doloroso e stressante que estes desafios e perdas possam ser, a oportunidade de estar no momento e valorizar a vida de uma perspectiva diferente pode prevalecer.
As crises crónicas são mais pessoais, como se elas se manifestassem recorrentemente ao longo da vida. Lutas consecutivas no relacionamento ou batalhas com a auto estima ou depressão tendem a recorrer ao longo da vida. Estes padrões comportamentais são repetidos nas mini-crises, aguardando uma resolução mais eficaz. Aprender a olhar para os padrões comportamentais insatisfatórios, ajudará a desenvolver um ponto de vantagem a partir do qual você pode quebrar isso, e esforçar-se por implementar uma atitude positiva que lhe permite chegar a soluções que lhe sirvam. Por outras palavras, quais são as histórias recorrentes da sua vida? Qual é a sua participação nesta história? Que asneiras tem feito e repetido, que o impedem de chegar onde pretende?
Para aprofundar este assunto pondere ler os artigos:
Da mesma forma, dificuldades de relacionamento tendem a auto perpetuar-se, até que um ponto de inflexão é atingido. Muitas vezes, a crise de relacionamento lança o casal num novo território, saem da sua zona de conforto onde o crescimento pode finalmente ser alcançado. Suportar a dor durante a crise pode realmente permitir  alguns ganhos. Por exemplo, a infidelidade pode ser uma experiência horrível, mas também pode abrir a porta para um exame mais autêntico do casamento e a possibilidade de uma resolução de esperança. O casal pode tomar consciência de um conjunto de questões sobre as quais nunca se tinham debruçado, e daí emergir um melhor e maior entendimento, transformando o relacionamento de uma forma saudável.
oportunidade

ONDE PAIRA A OPORTUNIDADE

Vamos embrenhar-nos um pouco mais fundo na oportunidade que prevalece através destas dificuldades. A crise pode ser definida como um ponto de viragem. Podemos então considerar o seguinte: “Um ponto de viragem face a quê?” É numa contemplação não reativa que podemos optar por buscar a oportunidade. Esta potencialidade torna-se obscura quando estamos atolados na perda daquilo que nos é familiar em oposição a aventurar-nos no novo. Este ponto de inflexão é precisamente onde ocorre a transformação.
Vamos olhar para o potencial da mudança, ou vamos focar-nos naquilo que perdemos? A sua resposta revela o seu relacionamento entre perda e oportunidade. Em última análise, a questão que importa responder é se escolhemos paralisar-nos pelo pânico do desconhecido ou procurarmos a oportunidade que pode emergir da exploração do território novo que se está revelando para nós? O estado de paralisia representa o aparecimento da ansiedade e do evitamento, a procura da oportunidade representa o crescimento.
Dica: Liberte o seu apego à perda e abrace o seu relacionamento com a oportunidade.
A única constante no universo é o fluxo, é a mudança. O que chamamos de crise é simplesmente a ocorrência da mudança. Nós não somos os mestres da mudança, se nos desapegarmos da nossa necessidade de controlá-la, podemos surfar as suas ondas e, muitas vezes transformá-la em oportunidade.
Como George Harrison cantava, “O nascer do sol não dura toda a manhã.” A mudança acontece. Prepara-se para isso.
Abraço

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...